sábado, 5 de fevereiro de 2011

V.Rom . inverno 2011

.Como foi o verão 2011: foi uma coleção com um pé maior no comercial e usável, que misturou elementos da alfaiataria e do sportswear. Os shorts esportivos tinham pregas e o náilon apareceu em detalhes de paletós e calças. Os windbreakers ganharam zíperes que fazem as vezes das fendas dos paletós nas costas. Destaque: coletes angulosos e cavados, camisas fora do padrão e calças superatualizadas.

. O inverno 2011: Igor de Barros continua a trilhar um caminho mais comercial para a sua V.Rom, tão acostumada a caminhadas conceituais na passarela. Fato 1: o que está ali deve ir para a loja final, fato raro na seara do SPFW. Fato 2: o desfile perde o impacto das desconstruções primorosas que saiam da cabeça do estilista.

A inspiração para este inverno é o tempo, e um poema de Dalai Lama sobre "viajantes que devem encontrar a felicidade em algum lugar" etc. Pois estes viajantes (aqui encarnados por figuras como Marcelo Rosembaun, fotógrafos e modelos mais maduros) devem encontrar a felicidade fácil, nalgum brechó - ou em roupas com cara e tratamento de brechó, como estas.

Igor leva o sportswear comercial da V.Rom para lados largos e confortáveis, com sarja reconstruída para que ganhe textura mais amiga, náilon em modelagem larga, moletons detonados e algodão leve.

As camisas levam estamparia vintage. Eles ganham também trenchs confortáveis, casacos com golas dégagé, bermudas cargo ou com sobressaias plissadas na cobertura. No final de tudo, um bom verde militar sujo, com dip dye preto. Melhor parte: as calças acenouradas, com modelagem justa para baixo do joelho.

Nada revolucionário ou escandalosamente interessante, como em outras eras da marca. Mas devem fazer bonito na hora de aparecer ao lado dos sneakers da Rainha, que aparentemente é o que faz sucesso nas araras das multimarcas.

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